terça-feira, 17 de março de 2009
WALL-e
Impressionante como pequenas coisas conseguem mexer substancialmente com a gente...
Acabamos (Sandra, Ana Clara, Carolina e eu) de assistir WALL-e, o filme de animação da Pixar, recém baixado da Internet pelo nosso Dreamule turbinado.
O filme é um primor de história, um novo clássico desses tempos tecnológicos. Pra quem ainda não assistiu (ASSISTA!!!) e não faz a mínima idéia do que se trata, a história mostra um futuro apocalíptico, onde a quantidade de lixo na Terra forçou o homem a habitar o Espaço numa super espaçonave, batizada "Axioma". Enquanto isso, alguns poucos homens ficaram na "operação limpeza", recuperando a Terra para que o homem pudesse retornar. Quando o filme começa, 700 anos se passaram, e um robô solitário, nosso herói WALL-e, continua sua missão de empilhar o lixo da Terra, enquanto coleciona objetos exóticos. Sua companhia é uma barata, único sere a sobreviver no ambiente hostil, sujeito a tempestades de areia e solares.
Durante o expediente, WALL-e encontra uma plantinha, a coloca dentro de uma bota, e a leva para a sua coleção. Algum tempo depois, uma espaçonave automatizada deixa uma sonda, batizada EVE (EVA), que inspeciona a Terra em busca de vida. WALL-e é "fissurado" num antigo musical, que eu não sei qual é. Mas ele se sente muito sozinho, e a chegada da nova criatura, armada de potentes raios destruidores o coloca num dilema de fazer ou não contato. Ele perssegue a robô-sonda (ou robossonda? ainda não me acostumei) até que consegue estabelecer um contato pacífico. Deste contato resulta que WALL-e leva EVE ao seu "cafofo" e lá a plantinha é identificada, acionando a programação de EVE que entra em estado de hibernação, até que uma nave vem resgatá-la.
WALL-e agarra-se a nave atravessa a atmosfera terrestre (como ele suportou as altas temperaturas? êta robozinho danado!) e vai parar na Axioma, onde a Humanidade, ao longo de 700 anos de sedentarismo, de uma vida orientada por robôs, desnaturou completamente o viver em sociedade.
A chegada da plantinha aciona o programa de regresso à Terra, uma vez que a vida voltou ao nosso amado planeta. Mas, a diretriz A113 orienta os robôs, que controlam a nave, a não regressarem nunca, pois os últimos humanos a habitarem a Terra julgaram que a vida jamais voltaria a se manifestar no planeta.
Daí é que a coisa explode... Mas não vou adiantar o restante, é preciso ver pra crer.
O contexto do filme me faz pensar para aonde a tecnologia será capaz de nos levar...
O filme é super atual, falando de lixo e tecnologia, de como ela afeta a nossa vida. Pega o nosso presente e o extrapola 700 anos. Um primor de sensibilidade, simples (uma vez que os protagonistas são robôs como nós os entendemos, não caberiam diálogos elaborado) e apaixonante. Para crianças de 8 meses a 800 anos.
Me fez lembrar de um repente que recebi do Vitor dia desses: "O planeta movido a Internet, é escravo da tecnologia..." (preciso de um podcast, alguém recomenda um site?).
Eu, Engenheiro de Computação, blogueiro compulsivo (e relapso ;^), que estou elaborando um projeto para ensinarmos a população do vale do Juruá a inserir-se na Grande Rede, fico pensando: "Pra quê? Por quê?" "Será que não tem coisa mais interessante pra gente se preocupar?" Paradoxal, né? Pois é, a Floresta, a criança dentro de mim, o idealista que insiste em permanecer vivo, têm essa capacidade sobre mim...
Vontade de deixar esse mundo tecnologico e meter a mão na terra, mas parece que falta coragem, ou jeito. Venho me lembrando de um livro que li a muito tempo atrás, "O menino do dedo verde". Lembrei também do Mário e do Rodrigo, que sabiamente me batizaram de "filósofo" por advogar em prol do Linux e usar MS Windows. Ainda hoje estou amarrado no sistema das infames janelinhas, a começar por aquela azul...
Serão os meus obsessores, ou os chips implantados pelos reptilianos?
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