segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

01.01.2023

Que dia, mes amigues! primeiro de janeiro de 2023 entrou pra História. #euFui e trago, em primeira mão, minhas impressões sobre tudo que estamos vivendo...

É uma época fabulosa de se estar vivo e admirar -  ou não - os eventos sociopolíticos dessa nação chamada Brasil. Se formos analisar a trajetória de Luiz Inácio, mes amigues, dava outro filme, e vamos pra trilogia, como toda boa obra cinematográfica da atualidade ou blockbuster de sucesso, com perdão do pleonasmo poliglota. Nem vou me deter muito nisso, mas 'o cara" é foda e, em resumo: papai voltou.

<aqui vai uma foto ou mais de pessoas com as diversas faixas alternativas vestidas pelo povo na posse. não tirei essas fotos (podia), mas elas devem estar por aí, "nas redes">

Isso posto, vamos às emoções que florescem do fato. Esperança, Alegria, Solidariedade, PAZ voltam a ser as palavras gerais. Que alívio! que saibamos conservar esse Estado de Espírito, que ele habite em nós para sempre, amém! Superamos uma proposta bélica, beligerante, belicosa e outras tantas coisas não belas. Que desapareçam! Fora daqui! Bora voltar a sonhar, a construir esse país fabuloso, esse pedaço de chão que Deus nos deu pra "tomar de conta".

Falando em voltar a sonhar e a construir, temos uma política ambiental pra reconstruir e reelaborar e, meus amigues, que satisfação de estar no "olho do furacão" neste momento. Esperança e Alegria não cabem em mim, e choro eventualmente percebendo a beleza de tudo isso, dos atores e do cenário em geral. Admirar o povo presente na posse foi algo tocante (eu deveria ter estado mais fotógrafo ontem. tantas imagens registradas e diluídas na retina que eu poderia ter compartilhado com o mundo). Amo mes irmes...

Mas não era disso que eu ia escrever, era sobre o prazer de ser chefiado por Luiz Inácio Lula da Silva e Osmarina Marina Vaz de Lima, mais uma vez! Relembrei minha humilde trajetória, desde Cruzeiro do Sul/AC (e dantes) até aqui, o momento presente. "No tempo de Lula", o anterior, o primeiro - e segundo - era só alegria, tocando política pública de socioconservação na Amazônia. Hoje, "tecnocrata" no órgão coração (me perdoem o pleonasmo metalinguístico) dessas mesmas - e outras tantas - políticas. Acabei de passar os olhos na nova estrutura do MMA e , mes amigues, dá vontade de trabalhar nuns 3 ou 4 departamentos 😁. Quanta política boa está sendo retomada, e a casa sendo reorganizada pra evidenciar as políticas prioritárias. Particularmente, gosto muito do cantinho em que "me escondi" durante esse período trevoso que passamos, e me beneficiei tanto da política interna de trabalho remoto, que não sei se quero mexer nesse aspecto da minha vida, talvez ele seja, hoje, o meu "bem" mais precioso. Mas a tentação está a solta na Esplanada, e o futuro a Deus pertence.

Pra não me alongar em demasia, pulemos pra posse. QUE EVENTO LINDO! Que emoção "ver" (pelo telão) o homem "tomar posse". Na minha mente várias coisas poderiam ser melhoradas, mas fiquei muito satisfeito. Esperávamos um ambiente até certo ponto opressor, com revistas, policiamento ostensivo, coisa e tal, mas o povo andou quase livre pela Esplanada, apesar do embretamento medonho (me solidarizei com o gado, constrangido entre cercas)...

Depois de desembretados, o gramado da Esplanada "era nosso". Batizado de "LulaPaloosa", o "Festival do Futuro" foi um sucesso, com direito a tudo que os melhores festivais têm a oferecer: filas imensas, muita reclamação, esgotamento dos recursos, momentos inesquecíveis, encontro com amigues distantes de há muito tempo. Não posso afirmar que meu coração é vermelho, mas posso assegurar que minha cabeça, pesco e braços são 😹. Não há protetor solar que dê conta do Sol do Cerrado em dia estridente. São Pedro foi parceiro e segurou as chuva pro povo brincar. Passei o dia desejando chuva pra lavar a alma, mas Deus não deu.


Tem o colarinho branco, e também o vermelho...

Não ficamos até o final do festival, pq Lula não decretou ponto facultativo pro dia de hoje, e Adriana tinha plantão às 7h. Mas, quanta emoção, playlist selecionada a dedo, muito emocionante, esqueci 30 anos de vida e me senti com 16 anos novamente (nossa relação tem disso). Só me chateei com a qualidade do som em alguns momento meio cruciais, sobretudo Maria Rita cantando "o homem falou", e acabei de descobrir que a transmissão cortou a música pra entrevistar a Janja, mas ok...

Enfim, mes amigues, foi show, voltamos alegres e satisfeitos pra casa, pra tocar a vida que nos resta. Que o futuro seja esse vislumbre glorioso, do quanto podemos - individual e coletivamente - sermos e termos.

Pablastê!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Eu, lor e cardgames (pq twitLonger acho cringe)

 Recentemente ganhei um "regalo" da riot games br, através de uma personalidade da comunidade que prefere ficar no anonimato (#tmj), e ganhei o tão cobiçado cardback "do soquinho"! 💕 

 cardback "exclusivo" que ganhei da riot

O inusitado presente me fez refletir na minha trajetória em Legends of Runeterra e nos cardgames em geral. 

Comecei "nessa vida" quando do lançamento de Magic the Gathering no Brasil. Fui verificar datas, dizem ter acontecido em 1995, dois anos após o lançamento nos EUA, Eu teria19 anos (nasci em 1976). Na minha memória eu era mais jovem, por volta dos 16, achei que tinha sido até antes disso, mas parece contrariar os fatos.  Provavelmente fossem cartas importadas, lembro que elas eram em inglês, e isso já constrangia muito o tamanho da comunidade, mas nos encontrávamos na loja (esqueci o nome), que ficava numa galeria do calçadão da Andrade Neves, em Pelotas. Boa parte da minha farta mesada era investida nos famigerados boosters, que nos atolavam de cartas repetidas, a gente se virava com as cartas que tinha, pegava carta emprestada pra jogar torneios, uma nerdice sem tamanho 😁.

A puberdade amadureceu, e abandonei as cartinhas para me dedicar a coisas "mais adultas", tipo gurias e embriaguez 👀. Ficou pra trás, nem lembro o que fiz das cartas, talvez tenha dado pro Diego, meu irmão 9 anos mais novo. Enfim, minhas memórias antigas são um tanto o quanto nebulosas e, provavelmente, distorcidas...


Foi apenas em 2017 que retornei ao mundo fantástico dos cardgames. Pesquisando por algum "joguinho" mobile pro meu "novíssimo" Moto G5 (que ainda funciona), vi uma versão cardgame de um jogo que eu curtia muito no PC, instalei e me (re)apaixonei: o jogo era muito rápido, divertido, colorido, e os heróis misturando 2 regiões permitiam múltiplas combinações, eu passava horas jogando e assistindo as lives do Fry Em Up, que me iniciou no mundo fantástico da Twitch e ainda hoje faz lives diárias de PvZ Heroes.

Em 2018 o jogo parou de receber manutenção e atualizações, algumas missões se tornaram inexequíveis, o que me frustrou e me fez procurar alternativas. Testei HeartStone, que era inspirado em Warcraft (outro jogo do meu apreço), mas o visual e a dublagem me pareceu um tanto o quanto infantil, e tinha uma economia que me pareceu meio predatória. Nessa busca encontrei ShadowVerse, o qual gostei DEMAIS (pelas  artes belíssimas 😈, um modo história muito divertido e uns formatos pvp bem bacanas, inclusive com torneios ingame), apesar da dificuldade de um jogador iniciante e f2p em obter e craftar as cartas, e ter várias opções de decks (o sonho de todo cardgamer).

Enquanto eu me divertia com SV, um pessoal nos grupos do Facebook enviava, no paralelo, notícias de um novo cardgame que estava ainda em beta fechado, inspirado nos campeões de League of Legends, jogo que eu até tentei jogar um bocadinho, mas moba era uma coisa nova pra mim, e até hoje me atrapalho em transformar pressionar de teclas em ações em tempo real. Mas eu sabia que era coisa "quente", pois a riot games era uma das mais top desenvolvedoras de jogos eletrônicos, com campeonatos milionários, personagens carismáticos, coisa e tals.

Quando em abril de 2020 - a pandemia  estava borbulhando e o lockdown assombrava nossas vidas -  Legends of Runeterra foi lançado, corri para instalar, e o jogo, meu deus, era tudo de bom: vc ganhava muitas cartas e muitas essências podendo escolher as cartas que queria craftar pra completar seus deck e poder jogar com o meta (outro goal de todo cardgamer). Enfim: entrei de cabeça na parada, comecei a  jogar e organizar torneios, acompanhar vários streamers, interagir com a comunidade... até meu twitter eu reativei 😼.

O jogo é simplesmente muito bom:  tem a mistura de regiões que eu acho suuper interessante pro deckbuilding (ao contrário de SV que vc fica preso a arquétipos vinculados e determinados heróis), uma intensa comunidade competitiva fomentada pelo programa de torneios da riot, que nos abastece de moedas, nos permitindo comprar skins, pets, boards, emotes, sem precisar gastar dinheiro (alguns streamers trocavam moedas por pontos de sub nos seus canais também, hoje bem menos). Cheguei a ganhar alguns deles, e fiz também alguns top 4 que me garantiram muitas e muitas moedas que, inclusive, patrocinaram os passes de temporada que comprei. 


meus emblemas da Runescola

meu retrospecto no competitivo:

  • 3º Lugar no Liga Lotus, episódio 5
  • Campeão da 4ª Taça Libertadores de Runeterra
  • Campeão do Liga Lotus, episódio 10
  • 3º Lugar no Runescola Blitz #83
  • 3º Lugar no Runescola Nightfall #47

Rankeada sempre foi um problema pra mim, questão de tempo e paciência, mas ainda consegui alcançar o Mestre em 3 oportunidades, primeiramente de Endure, depois de Jinx Draven e na última oportunidade, Fizz TF , além de  decks acessórios como scouts, Lee Zoe, Lulu Jinx, Azirelia...

Minhas últimas partidas de Legends os Runeterra, e meu histórico rankeado nas temporadas

Em determinado momento da minha trajetóra autobani das minhas lineups campeões como Thresh, LeBlanc, Viego (sucumba!), Veigar, Pyke e mais recentemente, Evelynn, e me foquei em campeões de "espírito elevado", como Lux, Karma, Aphelios, Akshan... just for fun, mas no intuito de "abraçar a luz". foi divertido...

minhas maiores maestrias no Legends of Runeterra

Entretanto, recentemente, Legends of Runeterra se tornou demasiadamente complexo e demorado pro meu gosto, e me vi perdendo partidas em troneio por conta do relógio, demorando pra escolher entre as inúmeras opções ofertadas em tela, sejam feitiços, seguidores ou os mais recentes equipamentos. O grau de imprevisibilidade advindo da complexificação no lor acabou me deixando "bolado", e a mais recente Saga Darkin, e as alterações realizadas nos passes de temporada, me desmotivaram MUITO a seguir jogando, até mesmo o Caminho dos Campeões passou a me parecer muito complexo, com inúmeras missões, as quais eu nunca mais cumpriria na totalidade pq, apesar de me dedicar bastante ao jogo, minha disponibilidade na vida adulta é bem reduzida, comparado com a juventude foco do jogo, que tem "a vida inteira" pra se dedicar a ele. Muito me emociona o nosso bom desempenho nos torneios oficiais e estou torcendo fervorosamente pelo Maykas, um cara show de bola  que jogou num time do qual eu era "coach e capitão", nos primórdios do competitivo e extinta FTX, que quase se classificou pra liga principal da saudosa LBR (mas fomos ultrapassados por uma manobra de bastidores da hoje IMENSA HDR, the best Legends of Runeterra team on Earth).

No paralelo, lançaram Marvel Snap, joguinho rápido de cartas (dá pra jogar duas partidas durante uma cagada 😁💩) com os super conhecidos super heróis - e vilões - da Marvel, o qual eu tive oportunidade de jogar desde o beta, baixando o apk diretamente no tablet (que delícia é uma tela de 8 polegadas, cara). São 3 localizações em tela (me lembra pvz heroes), e o seu objetivo é vencer em pelo menos duas, ou empatar em uma e ter a maior soma de poder global, podendo ainda "trucar e retrucar" (o tal do snap), pra aumentar a aposta naquela partida, podend ganhar - ou perder - entre 1 e 8 "cubos". Jogo rápido, dinâmico, com um meta que varia constantemente conforme vão mudando localizações (as "lanes") mais presentes ao longo da semana, o lançamento frequente e gradual de novas cartas (vai passas a ser 1 por semana), uma comunidade absurdamente ativa, a estratégia cosmética, a busca por obter as cartas de seu interesse... Enfim um conjunto de características que me cativaram de tal maneira, que abandonei TODOS os outros jogos (além de lor, brinquei bastante no wild rift e no pokemon unite, depois que os moba chegaram ao mobile e passaram os botões do teclado pras telas), pra me dedicar a este em particular, o que resultou em ter alcançado o rank Infinito (o mais alto) na mais recente temporada Guerreiros de Wakanda (FOREVER!!!), o que me deu um cardback belíssimo das Dora Milage, das premiações mais estimadas que eu já recebi na minha trajetória competitiva. Vários pequenos detalhes (como títulos, avatares, skins chamadas de variantes). Fui pego no scam, ViktorKav 😁, tô pagando passe todo mês...


cardback das Dora Milage no Marvel Snap

O jogo ainda está em desenvolvimento, falta muita coisa, mas já estão prometidos o modo não rankeado, a lista de amigos, formação de guildas... Espero que lancem algum competitivo extra rank, mas até agora não falaram disso, talvez ele fique só no casual mesmo, mas sei que o pessoal tá só esperando o modo de desafiar amigos pra poder organizar torneios da comunidade.

Enfim (e nunca é o fim, percebebeu? 😎) esse conversê todo pra dizer que me considero afastado em definitivo do competitivo amador de Legends Runeterra, sem abandonar em definitivo nossa linda comunidade. Ainda acompanho vários streamers de meu apreço, assisto vários torneios da comunidade (fico me devendo um primeiro lugar num torneio da Runescola, Dudu de Nunu não deixa 😊💕) e torcerei fervorosamente pelo Brasil (aka Maykas) no mundial que inicia... amanhã? Assim como no lol e no agora ameaçado de extinção competitivo de wild rift, passo a me considerar mero expectador, por ora.

Um dos meus lemas é "nunca diga nunca". Talvez eu retorne num futuro hoje improvável, pelos fatores que enunciei lá em cima. Mas, como junto com o cardback do tamo junto a riot me mandou umas moedas - acho que que foram 3k - é possível que eu volte antes do esperado, se lançarem um passe que me atraia, ou algo que me estimule a gastá-las e retornar aos "campos de Runeterra", esse mundo fantástica que anima tantos corações e mentes.


recursos que eu tenho disponíveis no lor

Namastê! See you around...

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Preceitos do pablicismo - um guia de autoajuda - 03 zen-budista


 Zen-budismo, no pablicismo, é a atitude que sustenta o indivíduo e o Templo. É a calma, a tranquilidade, a contemplação, o silêncio. É o pilar oriental, a essência do Divino. É a chave pro Eu Superior habitar, pro Eu Inferior evoluir. É a atenção à respiração, aos tiques, aos comportamentos repetitivos, em si e no mundo. É a atenção ao nada, ao vazio, à ausência. É a desatenção. Venceremos!




sábado, 11 de abril de 2020

Preceitos do pablicismo - um guia de autoajuda - 02 Cristão

O pablicismo é, essencialmente, cristão. Crê no Christo, o Ser Superior que habita cada um de nós, e que Jesus de Nazaré expressou - dizem - com perfeição. Crê, já num crossover com o espiritismo, que "um dia todes nós seremos anjos", que somos deuses, que não somos deste mundo. Crê no amor incondicional, na empatia, no dar a outra face, no pacifismo, nas bem-aventuranças, no Pai que a tudo provê, no "sim sim, não não", em não fazer acepção de pessoas, no "ide e pregai" (eis este livro e boa parte do que já escrevi nesta vida), no orai e vigiai.
O pablicista - eu, no caso - quando se depara com algo que o desafia, que o tira do piloto automático, deve pensar: "O que Jesus faria?", e procurar seguir o mais de acordo com este pensamento.  Por isso os evangelhos, canônicos e apócrifos, são fonte de inspiração.
O cristianismo já não é mais só Jesus, e o pablicismo traz consigo outros "cristãos de renome" e o Espírito de todes aqueles que humildemente "apenas" cumpriram a sua missão.
Francisco de Assis, o santo é um deles, e talvez o mais proeminente, como manifestação "quase perfeita" do Christo. Meu Deus, que homem assombroso! O que ele fez, o que construiu e o caminho disso tudo... Não há como não se abismar com a história do jovem fidalgo que, após deparar-se com o pavor da guerra, toma rumo inesperado na vida , "larga tudo" para da mais profunda pobreza dar nascimento uma das seitas religiosas modernas que eu mais admiro. Santa Clara vem com ele, obviamente, assim como o amor por tudo o que vive, o reconhecimento do valor de cada ser, a extrema humildade, o extremo compartilhar, a alegria do (também) sofrer.
Outros cristãos que inspiram o pablicismo? (S/P)aulo de Tarso, o "muito desejado" que se fez pequeno, pregou aos 4 ventos e deu forte testemunho de amor à verdade. João Evangelista, o "filho de Maria", acho que o mais longevo dos apóstolos, o místico que recebeu o Apocalipse das alturas celestiais. E outros tantos que não me vêm à mente neste momento, por isso devo retomar este parágrafo posteriormente...

Preceitos do pablicismo - um guia de autoajuda - 01 O pablicismo em resumo

Para melhor compreender o pablicismo, ele se estabelece num conjunto de outros ismos, e são estes ismos que hão de me guiar na feitura deste livro. Falando sobre cada um deles, espero das partes difundir o todo, a soma que é maior que as partes. Assim o faço para que aquele que me leio possa ter parâmetro de compreensão, ainda que traga consigo visões distorcidas dos ismos que compões o pablicismo. Eu mesmo tenho a minha visão particular destes ismos, aquilo que deles absorvo e reverbero. Pois bem, sem mais delongas, posso dizer que, em resumo, o pablicismo deriva e integraliza, e por isso é:

  • cristão
  • zen-budista
  • espírita
  • ayahuasqueiro
  • Umbandista
  • hedonístico
  • homeopático
  • liberal
  • anarquista
  • ecossocialista
  • idílico
  • ...

Preceitos do pablicismo - um guia de autoajuda - 00 Introdução

Gama, Distrito Federal, 11/abr/2020, sábado "de aleluia"
É tempo de quarenta, covid-19 no ar e em todo o planeta. Tempo de introspecções, reclusões, internalizações e - sempre é - reflexões. "Examinando e meditando" a soma passado+presente+futuro e determinando um rumo, ou não. Acabei de fazer isso (acho que faço-o sempre, inconscientemente), e por isso começo essas mal escritas linhas, projeto/promessa há muito pre-tendido, agora, assim seja, en-caminhado.
Já plantei - e hei de plantar ainda mais - várias árvores; fiz uma filha - e cri(o/ei) um plantel considerável; mas nunca escrevi um livro. Já escrevi muuita coisa, é verdade, mas um livro, não. Essa é uma das reflexões que me trazem até aqui. Ei-lo, pois, o livro.
Outro ponto que me traz até aqui é o compromisso adiado de "dar vida" a este meu cantinho eletrônico, há muito abandonado. Desempoeirá-lo. Quando aqui entrei, deparei-me com 3 rascunhos que nunca foram publicados, e não o serão, pois foram pra lixeira e de lá tornar-se-hão "void" em breve. Rascunhava, mas me faltava a vontade de publicar, falar sobre aquilo: ou não tinha ficado do meu agrado, ou no final eu vi que não valia a pena trazer à tona tal assunto ou evento. Este assunto, acho que vale, pois é O assunto.
O assunto é o pablicismo, "doutrina" filósofo-sócio-lógica encarnada neste ser que sou e habito: aquilo em que acredito, como sou ou quero ser e, claro, seus reflexos no (meu) mundo. É um guia de autoajuda, pois tem a missão de me resgatar de dentro de mim. Me ajudar a lembrar e registrar o meu eu. Ajuda pra mim, em resumo. Com a humilde pretensão de ajudar outres também, senão não publicava ;) .
Confesso que ensaiei esta iniciativa algumas vezes ao longo da vida, desde uma tenra idade em que descobri o pablicismo, nem lembro mais quando foi. Era pra ser um projeto (de ser) em construção, "mas me deu preguiça". Era pra ter sido começado um pouco antes, mas a internet "era" um espaço onde "estava" tão difícil de expor suas ideias, muitas pedras na mão de todo mundo. Pois bem, #fodaSe, e , parafraseando o Mestre, "quem quiser que atire a primeira pedra", #nãoMeCalarei :D .
Porque agora? Não sei bem, acho que "chegou o tempo". De retomar prazeres... Adoro escrever, apesar de achar a palavra escrita um tanto o quanto limitada. Isso aqui, talvez, devesse ser um vlog no Youtube, mas daí falta-me coragem de "dar a cara a tapa". Prefiro escrever, rever, editar, elaborar, acabo me expressando melhor com  a escrita. Haverá a perda de conteúdo mas, enfim, nem mesmo eu enquanto pablicismo encarnado consigo absorver toda a sabedoria que trago comigo. Tampouco aqueles que me rodeiam, mas aqueles que "sabem me aproveitar" sabem conhecem a fonte de sabedoria e consolo que eu posso cer. Podemos todes, eis a verdade. É acreditando nesta fonte que me proponho a esta tarefa. 
Por ser uma obra eletrônica, você pode chegar aqui noutro tempo, após alguma revisão, maior ou menor. Estamos na versão 0.1, o primeiro rascunho, a obra ainda por ser.
Vamos lá...

domingo, 17 de julho de 2016

#tchauQueridas

Se nos encontrarmos e eu, aparentemente do nada, embargar a voz e marejar os olhos, me desculpe, não deve ser nada contigo. Provavelmente meu pensamento tenha voado até o meu mais recente paraíso perdido: dois dos meus maiores tesouros nesta vida, a alegria e o sentido de muitos dos meus dias, que desde um fatídico 16 de julho não estão mais tão proximas de mim, "se foram" pra capital do Acre, esse estado que não existe (imagine se existisse? )
O motivo é a crise, várias na verdade, as quais não quero mencionar aqui porque não é disso que se trata este post.
Pois é,  se foram, "logo ali", cerca de 700km de BR-364, na distância de uma carona, de R$110 do ônibus,  45 minutos de voo. E aquilo que até anteontem eu gabava - os voos executivos CZS-BSB, sem aquela escala de 12horas em Rio Branco - já não me serve tanto quanto servia. Quem me dera ter 24 horas com as minhas gurias a cada viagem que eu fizesse...
Sei que estão em muito boas mãos,  as dindas Maria e Amanda, os tios Socorro e Baiano, o primo Bê e o Billy são tudo de bom, família maravilhosa. Vão estudar,  se desenvolver, ter excelentes bons momentos. Mas eu não estarei tão presente quanto antes, todo encontro demandará um tanto de planejamento,  ainda que haja esperanca de oportunidades do ocasião...

Me oprime o coração a perspectiva dos dias futuros, respiro fundo, choro, e sigo em frente. Colher o que se planta, eis a vida...
Fiz por merecer, sabia que provavelmente aconteceria, mas entre imaginar e viver, e foi tudo tão rápido entre o decidir e ir, que não consegui me preparar adequadamente. Sei que vai passar,  tudo passa, mas tá doendo pacas!
Meu bem, as meninas, os amigos, me consolam, mas é difícil não pensar nos momentos que elas gostariam de estar conosco - como no excelente domingo no sítio do Pedro e da Iraci que passamos hoje, comemorando os 30 anos da Mille. Olho a juventude e as crianças e penso nelas. Olhos fotos, penso, projeto e marejo (quando não choro compulsivamente, com dificuldade de parar), e assim tem sido os meus dias, com esse aperto desde o dia que soube que iria acontecer.
Enfim, continua a vida, não é o fim do mundo, apenas o resto de nossas vidas. Ainda nos encontraremos, passaremos ainda muito tempo juntos, mas fica um gosto de nunca mais...

terça-feira, 28 de junho de 2016

Corrente de poemas (4)

Eu Sou do Tamanho do que Vejo


Da minha aldeia veio quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.

Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII"
Heterónimo de Fernando Pessoa 

Enviado pelo elo Ana Cláudia Pupim (desconheço...)

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Corrente de poemas (3)

Esse veio da amiga e colega Nara Pantoja, me lembrou noites no Croa, mirando céus estrelados, mandalas e fractais:

Ouvir Estrelas

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo,
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite,
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo? "

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e e de entender estrelas".
Olavo Bilac

Corrente de poemas (2)

O primeiro poema da corrente me veio de uma total desconhecida, Karine Ferreira (Facebook), produção autoral, super feminina:

Invadi teu quintal
Farejei cantos
Revirei canteiros
Sujei as unhas de terra

Cultivei tamanha agonia
Que pela porta de tua horta
Vi todas belas
Flores, coloridas petúnias

Estremeci

Nem mais sei de mim
Se orgulhosa em ser escolha tua
Ou, pesarosa,
Nos fundos do teu jardim
Repouso, pálida
Amargarida 

Corrente de poemas

Lu Ribas me colocou numa corrente de poemas, mó legal!!! Se alguém se interessar, me pede que eu te coloco nela (meus 20 - na verdade 21 - já enviei, mas sempre cabe mais um, né):

Estamos iniciando uma troca, coletiva, construtiva, e esperamos que seja edificante. É algo para uma vez só, e temos esperança que você participe. Escolhemos aqueles que julgamos que estarão disponíveis (ou a fim, ou que amem poesia) e irão torná-la divertida.
Por favor, envie um poema para a pessoa cujo nome está na posição 1 abaixo (mesmo se não a conhece). Deve ser um texto/verso/meditação etc., favorito que o/a tenha influenciado em momentos difíceis. Não se preocupe demais com a escolha.
​1. 
 Sylvia Chada
2.  Luciana Ribas 

Depois de enviar o curto poema/verso/citação etc. para a pessoa na posição 1, e apenas essa pessoa, copie esta mensagem para um novo e-mail.
Mude o meu nome para a posição 1, e coloque o seu nome na posição 2. Somente o meu nome e o seu nome devem aparecer no novo e-mail. Envie para 20 amigos em BCC (cópia oculta).
Se não puder fazer isso nos próximos cinco dias, avise-nos para ser justo com aqueles que participam. É divertido ver de onde vêm.
Raramente alguém desiste porque todos nós precisamos de novos prazeres. O retorno é rápido, pois há apenas dois nomes na lista, e só terá de fazer isto uma vez.

Luciana Ribas


Meu elo na corrente foi Sylvia Chada, amiga/colega que adoooro, de uma elegância ímpar, dotada de mil talentos, mulherão, ainda que falsa franzina. Na impossibilidade de escolher um poema, mandei 2, nenhum deles novidade pra quem me acompanha (já que a proposta é "um texto/verso/meditação etc., favorito que o/a tenha influenciado em momentos difíceis. Não se preocupe demais com a escolha."):

O primeiro é um tanto loooongo (Os Lusíadas ;D), mas faço aqui o recorte que mais me "impressionou": O canto X, estrofe 153. Me tirou muito cedo, ainda no antigo "segundo grau", da elucubração mental e me joguei no mundo.

De Formião, filósofo elegante,
Vereis como Anibal escarnecia,
Quando das artes bélicas, diante
Dele, com larga voz tratava e lia.
A disciplina militar prestante
Não se aprende, Senhor, na fantasia,
Sonhando, imaginando ou estudando,
Senão vendo, tratando e pelejando.

O segundo é uma psicografia do espírito Cornélio Pires, que muito me inspirou no combate à vida e pensamentos complexos, e me lançou àquilo que eu chamo de "neo-paleolítico", minha proposta de vida :^D :

    Simplifica

    Clamas que o tempo está curto;
    Contudo, o tempo replica:
    "Não me gastes sem proveito,
    Simplifica, simplifica.

    É muita conta a buscar-te..
    Armazém, loja, botica...
    Aprende a viver com pouco,
    Simplifica, simplifica.

    Incompreensões, chicotadas?
    Calúnia, miséria, trica?
    Não carregues fardo inútil,
    Simplifica, simplifica.

    Encontras no próprio lar
    Parente que fere e implica?
    Desculpa sem reclamar,
    Simplifica, simplifica.

    Se alguém te injuria em rosto,
    Se te espanca ou sacrifica,
    Olvida a loucura e segue,
    Simplifica, simplifica.

    Recebes dos mais amados
    Ofensa que não se explica?
    Esquece a lama da estrada,
    Simplifica, simplifica.

    Alegas duro cansaço,
    Queres casa imensa e rica;
    Foge disso enquanto é tempo,
    Simplifica, simplifica.

    Crês amparar a família
    Pelo vintém que se estica...
    Excesso cria ambição.
    Simplifica, simplifica.

    Dizes que o mundo é de pedra,
    Que as provas chegam em bica;
    Não deites limão nos olhos,
    Simplifica, simplifica.

    Recorres ao Mestre em pranto
    Na luta que te complica
    E Jesus pede em silêncio:
    Simplifica, simplifica.