Recentemente ganhei um "regalo" da riot games br, através de uma personalidade da comunidade que prefere ficar no anonimato (#tmj), e ganhei o tão cobiçado cardback "do soquinho"! 💕
O inusitado presente me fez refletir na minha trajetória em Legends of Runeterra e nos cardgames em geral.
Comecei "nessa vida" quando do lançamento de Magic the Gathering no Brasil. Fui verificar datas, dizem ter acontecido em 1995, dois anos após o lançamento nos EUA, Eu teria19 anos (nasci em 1976). Na minha memória eu era mais jovem, por volta dos 16, achei que tinha sido até antes disso, mas parece contrariar os fatos. Provavelmente fossem cartas importadas, lembro que elas eram em inglês, e isso já constrangia muito o tamanho da comunidade, mas nos encontrávamos na loja (esqueci o nome), que ficava numa galeria do calçadão da Andrade Neves, em Pelotas. Boa parte da minha farta mesada era investida nos famigerados boosters, que nos atolavam de cartas repetidas, a gente se virava com as cartas que tinha, pegava carta emprestada pra jogar torneios, uma nerdice sem tamanho 😁.
A puberdade amadureceu, e abandonei as cartinhas para me dedicar a coisas "mais adultas", tipo gurias e embriaguez 👀. Ficou pra trás, nem lembro o que fiz das cartas, talvez tenha dado pro Diego, meu irmão 9 anos mais novo. Enfim, minhas memórias antigas são um tanto o quanto nebulosas e, provavelmente, distorcidas...
Foi apenas em 2017 que retornei ao mundo fantástico dos cardgames. Pesquisando por algum "joguinho" mobile pro meu "novíssimo" Moto G5 (que ainda funciona), vi uma versão cardgame de um jogo que eu curtia muito no PC, instalei e me (re)apaixonei: o jogo era muito rápido, divertido, colorido, e os heróis misturando 2 regiões permitiam múltiplas combinações, eu passava horas jogando e assistindo as lives do Fry Em Up, que me iniciou no mundo fantástico da Twitch e ainda hoje faz lives diárias de PvZ Heroes.
Em 2018 o jogo parou de receber manutenção e atualizações, algumas missões se tornaram inexequíveis, o que me frustrou e me fez procurar alternativas. Testei HeartStone, que era inspirado em Warcraft (outro jogo do meu apreço), mas o visual e a dublagem me pareceu um tanto o quanto infantil, e tinha uma economia que me pareceu meio predatória. Nessa busca encontrei ShadowVerse, o qual gostei DEMAIS (pelas artes belíssimas 😈, um modo história muito divertido e uns formatos pvp bem bacanas, inclusive com torneios ingame), apesar da dificuldade de um jogador iniciante e f2p em obter e craftar as cartas, e ter várias opções de decks (o sonho de todo cardgamer).
Enquanto eu me divertia com SV, um pessoal nos grupos do Facebook enviava, no paralelo, notícias de um novo cardgame que estava ainda em beta fechado, inspirado nos campeões de League of Legends, jogo que eu até tentei jogar um bocadinho, mas moba era uma coisa nova pra mim, e até hoje me atrapalho em transformar pressionar de teclas em ações em tempo real. Mas eu sabia que era coisa "quente", pois a riot games era uma das mais top desenvolvedoras de jogos eletrônicos, com campeonatos milionários, personagens carismáticos, coisa e tals.
Quando em abril de 2020 - a pandemia estava borbulhando e o lockdown assombrava nossas vidas - Legends of Runeterra foi lançado, corri para instalar, e o jogo, meu deus, era tudo de bom: vc ganhava muitas cartas e muitas essências podendo escolher as cartas que queria craftar pra completar seus deck e poder jogar com o meta (outro goal de todo cardgamer). Enfim: entrei de cabeça na parada, comecei a jogar e organizar torneios, acompanhar vários streamers, interagir com a comunidade... até meu twitter eu reativei 😼.
O jogo é simplesmente muito bom: tem a mistura de regiões que eu acho suuper interessante pro deckbuilding (ao contrário de SV que vc fica preso a arquétipos vinculados e determinados heróis), uma intensa comunidade competitiva fomentada pelo programa de torneios da riot, que nos abastece de moedas, nos permitindo comprar skins, pets, boards, emotes, sem precisar gastar dinheiro (alguns streamers trocavam moedas por pontos de sub nos seus canais também, hoje bem menos). Cheguei a ganhar alguns deles, e fiz também alguns top 4 que me garantiram muitas e muitas moedas que, inclusive, patrocinaram os passes de temporada que comprei.
- 3º Lugar no Liga Lotus, episódio 5
- Campeão da 4ª Taça Libertadores de Runeterra
- Campeão do Liga Lotus, episódio 10
- 3º Lugar no Runescola Blitz #83
- 3º Lugar no Runescola Nightfall #47
Rankeada sempre foi um problema pra mim, questão de tempo e paciência, mas ainda consegui alcançar o Mestre em 3 oportunidades, primeiramente de Endure, depois de Jinx Draven e na última oportunidade, Fizz TF , além de decks acessórios como scouts, Lee Zoe, Lulu Jinx, Azirelia...
Em determinado momento da minha trajetóra autobani das minhas lineups campeões como Thresh, LeBlanc, Viego (sucumba!), Veigar, Pyke e mais recentemente, Evelynn, e me foquei em campeões de "espírito elevado", como Lux, Karma, Aphelios, Akshan... just for fun, mas no intuito de "abraçar a luz". foi divertido...
Entretanto, recentemente, Legends of Runeterra se tornou demasiadamente complexo e demorado pro meu gosto, e me vi perdendo partidas em troneio por conta do relógio, demorando pra escolher entre as inúmeras opções ofertadas em tela, sejam feitiços, seguidores ou os mais recentes equipamentos. O grau de imprevisibilidade advindo da complexificação no lor acabou me deixando "bolado", e a mais recente Saga Darkin, e as alterações realizadas nos passes de temporada, me desmotivaram MUITO a seguir jogando, até mesmo o Caminho dos Campeões passou a me parecer muito complexo, com inúmeras missões, as quais eu nunca mais cumpriria na totalidade pq, apesar de me dedicar bastante ao jogo, minha disponibilidade na vida adulta é bem reduzida, comparado com a juventude foco do jogo, que tem "a vida inteira" pra se dedicar a ele. Muito me emociona o nosso bom desempenho nos torneios oficiais e estou torcendo fervorosamente pelo Maykas, um cara show de bola que jogou num time do qual eu era "coach e capitão", nos primórdios do competitivo e extinta FTX, que quase se classificou pra liga principal da saudosa LBR (mas fomos ultrapassados por uma manobra de bastidores da hoje IMENSA HDR, the best Legends of Runeterra team on Earth).
No paralelo, lançaram Marvel Snap, joguinho rápido de cartas (dá pra jogar duas partidas durante uma cagada 😁💩) com os super conhecidos super heróis - e vilões - da Marvel, o qual eu tive oportunidade de jogar desde o beta, baixando o apk diretamente no tablet (que delícia é uma tela de 8 polegadas, cara). São 3 localizações em tela (me lembra pvz heroes), e o seu objetivo é vencer em pelo menos duas, ou empatar em uma e ter a maior soma de poder global, podendo ainda "trucar e retrucar" (o tal do snap), pra aumentar a aposta naquela partida, podend ganhar - ou perder - entre 1 e 8 "cubos". Jogo rápido, dinâmico, com um meta que varia constantemente conforme vão mudando localizações (as "lanes") mais presentes ao longo da semana, o lançamento frequente e gradual de novas cartas (vai passas a ser 1 por semana), uma comunidade absurdamente ativa, a estratégia cosmética, a busca por obter as cartas de seu interesse... Enfim um conjunto de características que me cativaram de tal maneira, que abandonei TODOS os outros jogos (além de lor, brinquei bastante no wild rift e no pokemon unite, depois que os moba chegaram ao mobile e passaram os botões do teclado pras telas), pra me dedicar a este em particular, o que resultou em ter alcançado o rank Infinito (o mais alto) na mais recente temporada Guerreiros de Wakanda (FOREVER!!!), o que me deu um cardback belíssimo das Dora Milage, das premiações mais estimadas que eu já recebi na minha trajetória competitiva. Vários pequenos detalhes (como títulos, avatares, skins chamadas de variantes). Fui pego no scam, ViktorKav 😁, tô pagando passe todo mês...
O jogo ainda está em desenvolvimento, falta muita coisa, mas já estão prometidos o modo não rankeado, a lista de amigos, formação de guildas... Espero que lancem algum competitivo extra rank, mas até agora não falaram disso, talvez ele fique só no casual mesmo, mas sei que o pessoal tá só esperando o modo de desafiar amigos pra poder organizar torneios da comunidade.
Enfim (e nunca é o fim, percebebeu? 😎) esse conversê todo pra dizer que me considero afastado em definitivo do competitivo amador de Legends Runeterra, sem abandonar em definitivo nossa linda comunidade. Ainda acompanho vários streamers de meu apreço, assisto vários torneios da comunidade (fico me devendo um primeiro lugar num torneio da Runescola, Dudu de Nunu não deixa 😊💕) e torcerei fervorosamente pelo Brasil (aka Maykas) no mundial que inicia... amanhã? Assim como no lol e no agora ameaçado de extinção competitivo de wild rift, passo a me considerar mero expectador, por ora.
Um dos meus lemas é "nunca diga nunca". Talvez eu retorne num futuro hoje improvável, pelos fatores que enunciei lá em cima. Mas, como junto com o cardback do tamo junto a riot me mandou umas moedas - acho que que foram 3k - é possível que eu volte antes do esperado, se lançarem um passe que me atraia, ou algo que me estimule a gastá-las e retornar aos "campos de Runeterra", esse mundo fantástica que anima tantos corações e mentes.
Namastê! See you around...
Nenhum comentário:
Postar um comentário