
O filme resgata o Brasil rural, a Minas histórica das casas coloniais, onde a vida transcorre sem grandes assombros. Não é o caso da pequena Pedro Leopoldo e de Uberaba, até hoje impactadas pela passagem de “Cisco Xavier”. A fotografia natural e humana do interior de Minas é belíssima, e se coaduna com toda a beleza humana presente no filme, que gira em torno do lendário Pinga-Fogo, resgatando a história do médium a partir dos questionamentos feitos a ele de suas irreparáveis respostas.
Encerrado o memorável programa, o roteiro ascende à história do “tenente Tomaz”, simbolizando não apenas os inúmeros confortos trazidos através do lápis nas mãos de Chico Xavier, mas também uma história de Amor, Humildade, Perdão e Justiça, de um modo que apenas o nosso Brasil sincrético “Coração do mundo e Pátria do Evangelho” poderia apresentar.
O filme definitivamente emociona e diverte, uma excelente obra da sétima arte brasileira. E, vem aí, “Nosso lar”, em orçamento milionário e efeitos especiais “do outro mundo”. Por fim, o respeito quase religioso na sala do Terraço’s Shopping ainda me pareceu um prenúncio do Congresso Espírita que inicia amanhã aqui em Brasília, em meio às comemorações dos 50 anos de nossa capital Federal. Haja coração para as fortes emoções que nos aguardam.